segunda-feira, 26 de maio de 2008

AMBIÇÃO DE LEÃO!Soares Franco: «Quero ser campeão para o ano!»

RECORD – Pensa recandidatar-se?
FILIPE SOARES FRANCO – É cedo falar de uma posição pessoal. Mas é preciso ter claro o seguinte: não foi por acaso que o Sporting agendou realizar o Congresso.

R – Porque o fez então?
FSF – Para discutir o Sporting do futuro e dar voz aos sportinguistas sobre o que eles pretendem que o clube seja atendendo a um, dois, três caminhos que se podem retratar. O Sporting pertence aos sócios. Não pertence a um Conselho Directivo nem a um presidente. Logo, é preciso ouvir a voz dos sócios, dar-lhes os inputs sobre a realidade, a perspectivas sobre cada caminho para se apontar então um rumo. Em função desse rumo, que não é uma deliberação de uma assembleia geral, devem perfilar-se candidaturas.

R – Se se recandidatar é para ser campeão?
FSF – Eu quero ser campeão para o ano! Não tem nada a ver com uma recandidatura.

R- Admite demitir-se se o seu projecto for chumbado?
FSF – Quando nos candidatamos há que ter a noção de que é preciso ter espírito de missão. Mas uma coisa é certa: se esta solução não for aprovada é bom que quem eventualmente a chumbe se despache a arranjar uma alternativa. Só consigo desenvolver um projecto com alternativas em que acredito.

R – Se não se demitir, é certo que não se recandidata?
FSF – Se não acredito na solução, não posso recandidatar-me.

R – Num balanço ao seu mandato, o que é que voltava a fazer?
FSF – Seguramente voltava a vender o património, a combater para fechar o processo da câmara, a reorganizar o clube e a fazer o despedimento colectivo e voltava a renegociar com a banca no dia em que tivesse uma gestão equilibrada. E sem dúvida voltava a apostar no Paulo Bento como treinador.

R – E do que se arrepende de ter feito?
FSF – Nada.

R – A reestruturação que propõe é o único caminho para o futuro do Sporting?
FSF – É o único se o Sporting quiser ir criando condições para cada vez ser mais competitivo no seu todo, isto é não apenas no futebol profissional mas também nas modalidades.

R – Há alguma “salvação” para as modalidades?
FSF – Se o Sporting souber crescer e for mais competitivo e se com isso tiver sucesso e incrementar os sócios que tem vai seguramente vai ter maior equilíbrio financeiro e criar condições para as viabilizar.

R – Como está a correr a campanha de angariação de sócios?
FSF – Só se iniciou esta semana, pelo que ainda não há resultados.

R – As game box ficaram este ano aquém do objectivo.
FSF – Existe uma certa fidelização dos adeptos à gamebox. Só lotando o estádio se poderá fazer uma boa gestão dos lugares. Mas como acontece por essa Europa fora há jogos em que o estádio não está cheio apesar de termos vendidos os bilhetes todos. E então aí manda a lei do mercado nos casos em que os sócios que não vão ao jogo possam retirar algum rendimento se entregarem a venda desse bilhete ao Sporting que também poderá ganhar dinheiro.

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