sexta-feira, 4 de junho de 2010

"Pensar primeiro, no colectivo"

André Santos renovou com o Sporting até 2014. O médio, de 21 anos, que esteve emprestado à União de Leiria, na temporada passada, vai apresentar-se na Academia Sporting/Puma no próximo dia 21 de Junho, para integrar a pré-época com o plantel principal.

JORNAL SPORTING – O que representa para si esta renovação com o Sporting?
ANDRÉ SANTOS
– Fiquei muito feliz com a renovação e é sempre positivo regressar ao Sporting. Espero realizar uma boa temporada e para o Sporting também seria muito bom que isso acontecesse. Desejo que o Sporting recupere em termos anímicos e de confiança e dê grandes alegrias aos adeptos, que bem merecem.
Os jogadores precisam de que a massa associativa esteja presente regularmente junto da equipa para que o Sporting consiga chegar ao título nacional.

A boa época que realizou, fê-lo sonhar com este regresso a Alvalade?
– Sim. A época começou bem para mim, pois comecei a jogar com regularidade e, com o decorrer do tempo, a fazer bons jogos. Depois, em Dezembro, a imprensa foi noticiando o interesse do Sporting em que eu regressasse e fiquei muito feliz com isso.

Qual o balanço que faz do período de empréstimo à União de Leiria, onde foi totalista nos jogos da I Liga?
– Foi muito bom. Quando um jogador é jovem, o mais importante é jogar com regularidade e, felizmente, consegui fazer os jogos todos. Fiquei contente porque também consegui um recorde no clube, já que nunca ninguém tinha conseguido esse feito de actuar em todas as jornadas do campeonato.

Sentiu maior pressão quando teve de defrontar o Sporting?
– Bem, no primeiro jogo, em Alvalade, estava algo ansioso, como é normal, mas depois, quando a partida começou, passou aquele nervoso miudinho e, para a União de Leiria, foi um jogo bastante positivo porque venceu.

"Regressar a Alvalade é gratificante"

Foi campeão em todos os escalões jovens e «capitão» da equipa de juniores do Sporting que se sagrou campeã nacional em 2007/08. Após duas temporadas emprestado, está preparado para regressar à «casa-mãe»?
– Sim. Estive dois anos emprestado (Fátima e União de Leiria), consegui evoluir, fiz uma boa época, realizando os jogos todos na I Liga e creio que estou preparado para voltar ao Sporting.
Um jogador quando chega muito novo a um grande Clube como o Sporting, tem sempre o sonho de atingir a equipa principal. Com o decorrer dos anos a representar o Sporting, sendo campeão em todos os escalões, um jogador ganha uma grande afeição pelo Clube e, nos juniores, há sempre aquela ambição de atingir o plantel principal. Penso que estes dois anos de empréstimo foram bons para mim, pois consegui ganhar mais ritmo competitivo e amadureci mais como jogador, jogando com regularidade no principal campeonato do futebol português.
Regressar a Alvalade é gratificante e é um sonho regressar ao Clube onde nasci. Agora, só me falta ser campeão nacional pela equipa principal do Sporting.

Marcou muitos golos nesse ano (14) ao serviço dos juniores, mas, em Leiria, não conseguiu fazer o «gosto ao pé». O que falhou?
– Bem, no Fátima ainda fiz dois, mas, este ano, não consegui, talvez porque, em Leiria, também jogava mais recuado no terreno e creio que tive menos possibilidades de atirar à baliza.

"O mais importante é a equipa estar unida"

Quais as expectativas para a próxima temporada?
– O mais importante é que a equipa esteja unida e que o grupo seja forte para que, todos juntos, consigamos levar o Sporting ao título nacional. O futebol é um desporto colectivo e creio que todos devem pensar primeiro no colectivo e só depois em termos individuais.

Os adeptos estão algo descrentes em virtude da época que a equipa realizou. O que lhes quer dizer, neste momento?
– O que passou, passou. Os adeptos têm de acreditar no novo treinador, no trabalho que a Direcção está a fazer para construir uma equipa forte. Os verdadeiros sportinguistas apoiam sempre a equipa. Os sócios, os adeptos, as claques devem manter-se ao lado da equipa, pois é isso que dá ânimo e confiança aos jogadores, verem o Estádio cheio a apoiá-los.

Texto: Sandro Baguinho
Fotos: Pedro Cruz

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