terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ivkovic: «Apostei 100 dólares em vez de 5 ou 200»

TEM A CAMISOLA 10 DO NÁPOLES DEPOIS DE DEFENDER PENÁLTI DE MARADONA

Há patrocínios nas camisolas que perduram na história como a Parmalat (grande Parma dos anos 90), Ariston (Juventus de Rui Barros), Zanussi (Real Madrid da Quinta del Buitre), Fnac (lamps das duas últimas finais europeias), Phillips (PSV campeão europeu em 1988) e Mars. Os chocolates que “vestiam” o Nápoles de Maradona. E a deliciosa camisola 10 do argentino já morou em Portugal mas agora está na Croácia, “sob custódia” do guarda-redes Tomislav Ivkovic.
Suplente em Alvalade na 1.ª mão, com o número 16, Diego só usuou o 10 no jogo decisivo, na sua casa espiritual como costumava chamar ao Estádio San Paolo. Foi lá que a 27 de Setembro de 1989 o Sporting foi eliminado nos penáltis pelo Nápoles (0-0 no final dos 120’ e 4-3). E o 10 azul bebé foi parar às mãos de Ivkovic de forma pouco usual.
“A ideia de desafiar o Maradona só me surgiu quando ele me apareceu à frente para marcar
o quinto e último penálti da série. Se fosse golo, o Nápoles passava a eliminatória. Aproximei-me e disse-lhe que ele não ia marcar. Ficou a olhar para mim, incrédulo, e foi aí que apostei 100 dólares para o desmoralizar ainda mais. Foi o primeiro número que saiu da minha boca. Apostei 100 em vez de 5 ou 200. Ele estava visivelmente cansado, mas aceitou de pronto e continuou a olhar para mim. A verdade é que o desconcentrei. Quando o Maradona partiu para a bola, tive o ‘feeling’ de que iria atirar para o meu lado esquerdo e defendi.”
E depois? “Na altura, não lhe falei dos 100 dólares. Não seria correcto. Apenas lhe pedi a sua camisola 10. No final do jogo, ele foi ao balneário do Sporting com o 10 e os 100 dólares (16 contos).”

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