terça-feira, 27 de janeiro de 2009

10 anos depois nada muda...

Foi há 10 anos que o Sporting decretou o “luto pelo futebol nacional”, em consequência de uma série de erros de arbitragem que, no entender dos responsáveis leoninos, subtraíram 10 pontos à equipa verde e branca e feriram de morte a verdade desportiva do campeonato. Então como agora, o sector enfrentava um período de grande contestação. O clube de Alvalade colocou a bandeira a meia haste.

Após um conjunto de diligências pela profissionalização dos árbitros, as queixas pelo trabalho de Jorge Coroado num Desp. Chaves-Sporting (2-2) precipitaram a tomada de posição inédita, que ganhou forma na jornada seguinte, frente à Académica (5-0), a 31 de janeiro de 1999. Os jogadores sportinguistas entraram em campo com braçadeiras negras no braço; os estudantes envergaram as tradicionais capas negras de Coimbra. “Burlesco”, classificou a imprensa alemã. Vale e Azevedo considerou a iniciativa “ridícula” mas não ficou sem resposta de Roquette. “Não contem comigo para desgastar a imagem desse senhor. Ele próprio o faz sempre que abre a boca”, disse.

Episódios

A contestação do Sporting à arbitragem começou logo na 1.ª jornada, em Setúbal (1-1), quando José Pratas expulsou Duscher. Seguiu-se Coimbra (2-2), onde António Costa anulou um golo à equipa e a SAD protestou que “a verdade desportiva foi minada”. Depois de novo empate, com o Beira-Mar (0-0), é Mário Mendes quem fica debaixo de fogo. O clube avança com uma exposição à Liga e abre guerra com a APAF, que por sua vez boicota os jogos do Sporting. No encontro seguinte, em Faro, Paulo Costa não comparece e é substituído por Andrelino Pena, do segundo escalão. Arbitrados pelo mesmo Paulo Costa, os leões sofrem a primeira derrota no campeonato (1-2), com o Salgueiros, e pedem a demissão do CA, admitindo recorrer a árbitros estrangeiros. Antes do luto, a deslocação às Antas (3-2) agudiza a polémica que eclode em Chaves.

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